Indução da Ovulação e Estimulação Ovárica
Sobre o método
A indução da ovulação é uma técnica de primeira linha que consiste no estímulo dos ovários, através de toma de medicação, oral ou injetável, destinada a assegurar o crescimento e maturação folicular e a ovulação. Na indução, o objetivo é que pelo menos um óvulo seja libertado.
A estimulação ovárica é recomendada quando se pretende o desenvolvimento e maturação de vários ovócitos, permitindo a recolha de mais gâmetas e a escolha de um ou mais óvulos de boa qualidade para serem utilizados num tratamento de fertilidade, como a ICSI ou a FIV.
Essa estimulação é feita com o recurso a medicamentos (hormona folículo-estimulante FHS e hormona luteinizante LH), com os folículos a serem monitorizados através de ecografias sequenciadas e análises ao sangue. A tentativa para uma gravidez ocorre sem qualquer outra interferência médica, devendo o casal ter relações sexuais programadas, geralmente durante 3 dias consecutivos, para que aconteça uma fecundação.
A indução de ovulação é recomendada em caso de:
- Disfunção ligeira da ovulação
- Desequilíbrios hormonais
- Síndrome de Ovários Poliquísticos
- Excesso ou baixo peso
- Prática desportiva intensa
- Utilização de alguns medicamentos, como o caso de antidepressivos
- Stress psicológico
Processo
A estimulação ovárica começa no primeiro dia da menstruação e início do ciclo menstrual, com a administração diária de hormonas, como as gonadotrofinas FSH e LH, durante 12 a 15 dias.
Quando durante a vigilância médica da ovulação chegar o momento certo, é administrada à mulher uma dose única de gonadotrofina coriónica humana – hCG. O objetivo é fazer disparar a ovulação e ajudar na formação do corpo lúteo e início da produção de progesterona. Este suplemento hormonal vai permitir ao médico saber o momento exato em que a ovulação ocorre.
Caso a fecundação não aconteça ao fim de alguns períodos de tentativas de estimulação ovárica, pode ser aconselhada a realização de uma inseminação artificial ou FIV.
O acesso a este tratamento no Serviço Nacional de Saúde é possível até aos 41 anos e 364 dias (42 anos)