Como prevenir a infertilidade?

Hábitos e Estilo de vida

Ao prevenir-se a infertilidade está-se também a cuidar e a preservar a capacidade reprodutiva. Hábitos de consumo saudáveis, um estilo de vida equilibrado e um acompanhamento médico regular, com a realização de exames e análises que podem indicar a presença de problemas de fertilidade, fazem parte do caminho a seguir para quem quer ter filhos.

AlimentaçãoA alimentação deve ser variada e equilibrada, com farináceos, vegetais, saladas, fruta (2-3 peças/dia), leite (0,5-1 L/dia) e derivados, carne e peixe (100 g por refeição; equilibrar peixe e carne) e 1,5 L água/dia. Deve-se evitar açúcares e gorduras em excesso e optar por alimentos ricos em vitaminas. Carne de animais alimentados com rações químicas e derivadas de produtos animais contêm frequentemente, esteroides e antibióticos, enquanto produtos hortícolas e frutas tratadas quimicamente, podem apresentar químicos tóxicos para os ovócitos e espermatozóides.

Na altura de tentar uma gravidez, pode ser importante ter a orientação de um nutricionista, para evitar o consumo de alimentos que interfiram com a saúde hormonal e a ovulação.

DesportoA prática de atividade física deve ser regular e ocorrer, pelo menos, três vezes por semana. Combate o sedentarismo e a obesidade, evitando assim que surjam doenças cardiovasculares ou diabetes.

RoupaPrincipalmente no sexo masculino, deve escolher-se roupa interior e calças que não sejam apertadas. A preferência deve ser por tecidos naturais, como o algodão, para ajudar a que aumente a temperatura dos testículos. O calor pode prejudicar a produção e a qualidade dos espermatozóides.

VacinaçãoSempre em dia, incluindo rubéola, hepatite B e papeira.
Evitar viver junto a centrais termoelétricas ou nucleares. Interditar mais de 2 horas por dia o uso de televisão ou computadores para fins recreativos. Interditar o uso de telemóveis antes da adolescência.

Proteção contra DSTDoenças sexualmente transmissíveis podem provocar danos significativos nos órgãos sexuais femininos e masculinos e interferir com a fertilidade.  Usar sempre preservativo se se tratar de uma relação sexual ocasional ou se o casal ainda não fez análises para detetar a presença de doenças.

Hábitos de consumoEvitar o consumo de tabaco. Os químicos presentes nos cigarros podem provocar danos nos ovários, alterações genéticas nos óvulos e acelerar a chegada da menopausa. Também o álcool, estupefacientes e medicamentos não prescritos medicamente têm efeitos nocivos para a saúde reprodutiva.

SonoManter um mínimo de 8 horas de sono regular.

Acompanhamento médicoEm caso de tentativa de gravidez há mais de seis meses, com relações sexuais regulares e desprotegidas, e sem um resultado positivo, existência de pilosidade excessiva na mulher, menstruações irregulares e/ou acompanhadas por dores intensas e incapacitantes, lesões genitais, anomalias no útero e ovários ou no pénis ou testículos, deve consultar-se um ginecologista, urologista, endocrinologista ou médico especializado em procriação medicamente assistida.

Após uma consulta inicial, o médico poderá solicitar uma série de exames à mulher e/ou homem para avaliar as possíveis causas da infertilidade. Esses exames e análises podem incluir:

• Avaliação hormonal, na mulher, através da análise à hormona anti mulleriana, um marcador importante avaliar a reserva ovárica, ou seja, a quantidade de óvulos que uma mulher ainda possui. Podem ainda ser analisados os níveis de estrogénio, progesterona e prolactina. No homem, deve ser feita a medição dos níveis de testosterona e prolactina, entre outros.
• Citologia do colo do útero, ou Papanicolau, exame a ser efetuado todos os anos, após o início da vida sexual, para despiste de infeções, inflamações, lesões pré-cancerosas ou cancro.
• Ecografia pélvica na mulher para avaliar a anatomia do útero, ovários e trompas de Falópio e verificar a presença de cistos, miomas ou outras anomalias. No homem, ultrassonografia testicular para ver anatomia dos testículos e se existe a presença de varicocele ou outros problemas.
• Histerossalpingografia (HSG), exame de raio-X com contraste para avaliar a permeabilidade das trompas de Falópio e a forma do útero.
• Espermograma, para avaliar a quantidade, motilidade e morfologia dos espermatozóides.
• Fragmentação do DNA Espermático, destinado a analisar a integridade do DNA dos espermatozóides.
• Teste de Anticorpos Anti Espermatozóides, que avalia se o sistema imunológico do homem está a atacar os seus próprios espermatozóides.