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História

O ano de 2006 registou dois momentos importantes para a fertilidade em Portugal. A Lei da Procriação Medicamente Assistida entrou em vigor e a Associação Portuguesa de Fertilidade deu os primeiros passos.

Num país onde os tratamentos de fertilidade já eram uma realidade, mas longe de serem acessíveis a todos os que deles precisavam, um grupo de casais pegou na sua própria experiência e criou uma organização que procurasse resposta para as necessidades que sentiam.

No final de um almoço a 1 de abril de 2006, em Leiria, 71 pessoas, que há muito trocavam experiências e confissões num blog, anunciavam a criação da Associação Portuguesa de Infertilidade (API), instituição dedicada a apoiar e representar os que enfrentavam desafios para constituir a sua família e dependiam de ajuda médica.

Pouco tempo depois, a 20 de maio de 2006, era constituída oficialmente a API. Em 2010, já sob a designação de Associação Portuguesa de Fertilidade, foi-lhe concedido o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS).

A APFertilidade foi crescendo ao longo dos anos e, em quase 20 anos de história, tornou-se fonte de apoio para milhares de pessoas, ao defender os seus direitos junto de entidades competentes, através da partilha e melhoria da informação sobre saúde reprodutiva e de parcerias estabelecidas em todo o país.

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Cronologia

2025

  • Entrada em vigor da Portaria n.º 300/2024/1, de 25 de novembro, que aumenta a comparticipação para 90% nos medicamentos destinados ao tratamento da infertilidade e estabelece em 69% a ajuda na medicação para a endometriose e adenomiose.

2024

  • Aprovado o projeto de Lei 221/XVI sobre a Promoção dos direitos das pessoas com endometriose ou com adenomiose através do reforço do seu acesso a cuidados de saúde e da criação de um regime de faltas justificadas ao trabalho e às aulas.
  • Aprovado o aumento da comparticipação da medicação para a infertilidade.
  • Aprovado o apoio à medicação para a endometriose e adenomiose.

2023

  • Parlamento aprova medidas de apoio a mulheres com Endometriose.

2022

  • Alargamento até aos 50 anos do acesso a tratamentos de PMA a mulheres com doença grave.

2021

  • Promulgada a alteração do regime jurídico aplicável à Gestação de Substituição
  • Aprovado diploma que permite a realização de tratamentos de PMA através de inseminação com esperma após a morte do dador, nos casos de projetos parentais expressamente consentidos.

2019

  • Acórdão do Tribunal Constitucional pronuncia-se pela inconstitucionalidade de não ser admitida a revogação do consentimento da gestante até à entrega da criança aos beneficiários.
  • Termina o anonimato dos dadores de óvulos, espermatozoides e embriões.

2018

  • Acórdão do Tribunal Constitucional pronuncia-se pela inconstitucionalidade da violação do princípio de dignidade humana na gestação de substituição e da confidencialidade dos dadores de gâmetas.

2017

  • Regulamentado o acesso à gestação de substituição.
  • Atribuída a devida compensação aos dadores de gâmetas.
  • Alteração do prazo de criopreservação de gâmetas e tecidos testicular e ovárico.

2016

  • Acesso a tratamentos de PMA a todas as mulheres, independentemente do estado civil, orientação sexual e diagnóstico de infertilidade.

2012

  • Aprovado projeto lei para regulamentação da maternidade de gestação.

2011

  • Centro Hospitalar do Porto autorizado a criar um Banco Público de Gâmetas.

2009

  • Publicado o regime especial de comparticipação em 69% de alguns medicamentos para tratamentos de infertilidade.

2006

  • Entrada em vigor da primeira lei de PMA em Portugal.
  • Nascimento da APFertilidade.