ICSI – Injeção intracitoplasmática de espermatozóides

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Sobre o método

A injeção intracitoplasmática de espermatozóides é um tratamento de segunda linha, no qual um único espermatozóide é injetado pelo embriologista, através de uma agulha, diretamente no citoplasma do óvulo.

Trata-se de um procedimento recomendado em caso de:

  • Baixo número de espermatozóides, problemas de mobilidade dos gâmetas masculinos ou anomalias na sua morfologia
  • Obstrução dos canais espermáticos
  • Tratamentos sucessivos e sem sucesso por Fertilização in Vitro e Inseminação Artificial
  • Número reduzido de ovócitos após estimulação
  • Ser necessário realizar um teste genético aos embriões
  • Espermatozóides criopreservados antes de tratamentos de radio ou quimioterapia ou uma vasectomia, por amostras terem uma quantidade limitada de gâmetas
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Processo

Para a realização da ICSI é necessário que a mulher seja submetida a uma estimulação ovárica, através da toma de medicação hormonal. Esta estimulação pretende que se chegue a um número adequado de óvulos, com qualidade e maturidade positivas, para ser realizada a sua punção e posterior utilização na ICSI.

No lado do homem, é feita a recolha do esperma, com os espermatozóides a serem selecionados um a um, no sentido de serem escolhidos os de maior qualidade. Os gâmetas podem ser usados a fresco ou terem estado criopreservados.

Na fase seguinte avança-se para a ICSI. Numa placa de cultura é injetado em cada ovócito um espermatozóide, com o recurso a uma agulha, debaixo de um microscópio. A fecundação e o desenvolvimento embrionário ocorrem in vitro, numa incubadora, como na Fertilização in Vitro.

Após esse processo aguarda-se a formação dos embriões e o seu desenvolvimento é observado em laboratório, entre o 3º e 6º dia seguintes à ICSI, com o objetivo de determinar qual ou quais os que apresentam uma melhor divisão celular e forma. Um ou dois dos que tiverem a melhor classificação são considerados para a transferência uterina. Os excedentes são criopreservados para que a mulher ou o casal os possam utilizar num tratamento futuro, sem ser necessário realizar a estimulação ovárica e recolha de gâmetas.

A transferência de um ou dois embriões, consoante o que é decidido entre o médico e mulher/casal, é feita através da utilização de uma cânula específica, inserida até ao útero, não sendo, à partida, preciso a administração de anestesia, dado ser um processo considerado indolor.

O acesso a este tratamento no Serviço Nacional de Saúde é possível até aos 39 anos e 364 dias (40 anos)

Outros Tratamentos